Mais uma vez a equipe CicloTP (Alecxander, Rodrigo e Daniel) realizou uma longa cicloviagem até Ubatuba (litoral norte paulista), só que, diferente da viagem de 2011, o trajeto foi um pouco alterado, e devido à isto, também a quantidade de dias, que desta vez foram necessários 4, saindo 23/08/2012 de Três Pontas-MG e chegando em Ubatuba no dia 26/08/2012.
Saindo de Três Pontas/MG, o trajeto dos 2 primeiros dias foi praticamente o mesmo de 2011:
1º dia: Três Pontas à Santa Rita do Sapucaí por asfalto (rodovia Fernão Dias) - 160 km
2º dia: Santa Rita do Sapucaí até Guaratinguetá-SP - 140 km
Ficamos hospedados no "Hotel O Paturi" em Guaratinguetá-SP em local estratégico às margens da rodovia Pres. Dutra, o que facilitou muito o acesso tanto na chegada, quanto na saída do 3º dia, sentido Paraty-RJ. Não posso deixar de relatar um pouco sobre o hotel, onde fomos bem recebidos e alojados em um dos confortáveis chalés c/ 3 leitos. O hotel possui um bom serviço de quarto, grande área de lazer c/ piscinas, churrasqueiras e playground, além de um lago e muita área verde. No jantar fomos muito bem atendidos, porém, para quem for se hospedar no local um alerta: como o restaurante do hotel mantém um atendimento também para pessoas que não estão hospedadas no local os preços são um pouco salgados... Mas o garçom nos apresentou uma opção de 'cardápio executivo" o que tornou bem mais acessível o preço dos pratos, que por sinal são bem deliciosos! O café da manhã (já incluso na hospedagem), também foi bem variado e satisfatório, o que ajudou bastante no início do pedal do 3º dia!
3º dia: Guaratinguetá-SP à Paraty-RJ (passando por Cunha-SP)
O 3º dia foi o de pedal mais pesado e esperado. Saímos do hotel em Guaratinguetá-SP logo cedo, atravessando 8 km de uma Dutra bem movimentada até chegar no trevo c/ saída p/ a rodovia SP-171 que segue asfaltada até a divisa com o estado do Rio de Janeiro por aproximadamente 70 km. Logo no início do pedal na SP-171, já deparamos com uma longa subida de uns 15 km, por sorte havia uma mina d'água beirando a rodovia no final da subida, o que ajudou na reposição das garrafinhas de água que já estavam no fim! Topamos com uma turma de ciclistas de Guaratinguetá-SP que faziam um treino até o trevo c/ sentido à cidade de São Luís do Paraitinga. Pelo jeito este trecho é bem frequentado por ciclistas que desejam efetuar um treino de resistência por asfalto.
Seguindo pela SP-171 há muitas lanchonetes até chegar em Cunha-SP, porém recomendo efetuar um bom lanche e abastecer-se de água na cidade, pois daí pra frente é que as subidas começam a ficar mais "brutas". Para se ter uma idéia, logo na saída de Cunha, sentido Paraty, a rodovia tem uma inclinação que parece que vai jogar o ciclista de costas! Em muitos trechos até a divisa com o RJ, os carros que cruzava conosco pareciam estar de 2ª ou até de 1ª marchas. De Cunha pra frente a estrada torna-se bem mais tranquila no quesito trânsito, ou pode-se dizer "erma"... Não me lembro de ter visto mais do que 2 lanchonetes (bem arcaicas) até o alto da serra. Mas posso dizer que, apesar do esforço, valeu muito à pena! A estrada vai serpenteando a serra, subindo por trechos de mata bem fechada, com cachoeiras e um clima bem agradável. Onde a mata abrandava, dava pra se avistar belas paisagens ao longe! E quando se chega ao topo da serra, onde o asfalto termina, bem na divisa dos estados SP/RJ o alívio é único! Primeiro por saber que acabaram-se as subidas, e segundo pela grande expectativa da descida dos 20 km da serra até Paraty-RJ saindo de 1515 mts de altitude até 0 mts!
Na serra as paisagens são indescritíveis! Cachoeiras, mata fechada, estrada de terra que proporciona muita adrenalina, e uma vista maravilhosa em certos trechos! Deve-se tomar cuidado pois o movimento de motos, jipes e até mesmo de carros de passeio é bem intenso (não esperava tanto!), imagino que deve-se ao turismo ecológico de muitas pessoas que visitam Paraty. Resumindo: são 10 km de descida alucinante por uma estrada de terra não muito conservada e o restante por asfalto, que vai melhorando ao se aproximar da cidade.
Chegando em Paraty, em torno das 16 horas, fomos direto até a pousada "Solar do Algarve", antecipadamente reservada. Deixamos o equipamento, e de bike mesmo, seguimos para um passeio pela cidade histórica. Foi a melhor coisa que fizemos! Pois, andar à pé, pelas ruas da cidade histórica, depois dos 90 km puxados que havíamos pedalado, não seria nada fácil! As ruas são pavimentadas com pedras arredondadas e escorregadias, dificultando as andanças. De bike, apesar de exigir boa técnica, ficou mais fácil e rápido passear por quase toda área. Fomos até o "ancoradouro" das inúmeras embarcações multicoloridas e apreciamos as belas paisagens de Paraty! Realmente um passeio imperdível!
4º dia: Paraty-RJ à Ubatuba-SP - 75 km
No 4º e último dia saímos cedo de Paraty sentido Ubatuba-SP pela famosa rodovia Rio/Santos. Por ser num domingo, o tráfego de veículos estava bem fraco o que proporcionou 75 km bem tranquilos. A paisagem desse trecho até Ubatuba é maravilhosa! Muitos locais de altitude elevada que proporcionam belas vistas das praias em que a rodovia vai contornando por todo caminho! Foi um belíssimo local para encerrarmos mais uma sensacional cicloviagem!
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